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Relato da primeira viagem de avião de Antônio

Leia o relato completo de Gabriela Lopes sobre a primeira viagem de avião de Antônio, então com 6 meses.

“A primeira viagem de avião a gente nunca esquece. E mesmo que não fosse o meu primeiro voo, essa foi uma verdadeira primeira vez! Estávamos embarcando eu, meu marido e ELE!

Inimaginável pensar que meu lindo gurizinho iria embarcar em uma aeronave aos 6 meses! Eu só fui andar de avião aos vinte e poucos.

A nossa viagem não era pequena: 24 horas de duração. Nove horas consecutivas de voo, mais todas as paradas em três aeroportos diferentes. Será que estaria eu preparada para essa aventura? Quantas fraldas levar? Roupas? Remédios? E a famosa dor de ouvido? Será que ele vai dormir no voo?

Admito que pesquisei horas a fio, dias sem fim. Muitas eram as histórias de sucesso, e outras nem tanto… Sem contar com a ida ao pediatra para saber se todas as vacinas estavam corretas e quais remédios eu poderia usar “em caso de…”

Tinha espalhado, em todas as malas, saquinhos de plástico com conjuntinhos de roupa completo para cada hora de viagem, fraldas em cada bolsinho, mamadeiras (mesmo sem ele nunca ter utilizado uma sequer antes), remédio para, no minimo, 15 dias… Ansiosa e exagerada por natureza, eu estava uma pilha de nervos.

Enfim, chegou a nossa vez. E depois de fazer um check list gigantesco (umas dez vezes), estávamos preparados pra embarcar. No carro! Só a ida até o aeroporto, já foi uma viagem. Fomos em dois carros. Éramos quatro malas para despachar, três de mão, um carrinho, um bebê conforto, um travesseiro… E uma família pronta para todos os problemas que poderiam surgir!

Quando a porta do avião fechou, pensei comigo mesma: “Agora não tem volta! Respira fundo e te joga!” E realmente foi o que aconteceu.

E não posso reclamar. A cada decolagem, meu baixinho dormia como um anjinho… E no voo de nove horas, ele dormiu melhor do que na caminha dele.

Não tivemos problema nenhum em relação a dores no ouvido ou problemas maiores. E olha que estava preparada até que para um inicio de um guerra. Não usei nem 50% das coisas que levei para o voo, mas elas foram uteis pra amenizar minha insegurança e não me arrependo de ter levado (essa não é a opinião do meu marido).

Na volta da nossa viagem, um mês depois, meu baixinho estava BEM mais atento a tudo… E posso dizer que foi uma segunda primeira vez… Ele adorou passear pelo avião e ficar espiando os passageiros de trás (matando os papais de vergonha).

O pessoal, tanto da companhia aérea, nos aeroportos, quanto os passageiros, nos ajudaram em tudo, sempre muito solícitos mesmo sem pedirmos… Tivemos prioridade em tudo, o que é muito bem-vindo com criança pequena.

Hoje, quatro meses depois, estou pronta para a próxima viagem. Ainda com um imenso check list e certa que sera uma terceira primeira vez. Meu lindão já está um moço, caminhando por tudo, imagina no avião?  Não vejo a hora do comissário de bordo nos perguntar: “Preparados pra decolar?””

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